sábado, 15 de dezembro de 2012

Atirador voltou à escola onde estudou, mas desta vez como assassino 13/12/2012

MSN NOTÍCIAS
Atirador voltou à escola onde estudou, mas desta vez como assassino
Por Chris Francescani
(Reuters) - Logo após o massacre da sexta-feira em uma escolar primária dos Estados Unidos, uma abalada cidade do estado de New England procurava por pistas de por que um jovem cometeria ato tão abominável.
A vida de Adam Lanza será dissecada, analisada e reanalisada nos próximos dias, enquanto investigadores vasculham os bastidores da existência do jovem de 20 anos, que, segundo as autoridades, voltou à escola onde estudou e abriu fogo.
Até agora, há pistas, mas não respostas.
A polícia ainda nem confirmou publicamente Adam Lanza como o assassino que matou 20 crianças com idades entre cinco e dez anos, além de cinco adultos, e atirou em si próprio na Sandy Hook Elementary School, em Newtown, Connecticut.
Outro corpo foi encontrado em uma casa próxima, levando o número total de mortos para 28, mas a polícia não confirmou nem negou informações da imprensa de que seria a mãe de Adam, Nancy.
Lanza era um estudante tímido e muito inteligente, disseram dois ex-colegas.
Na Newtown High School, ele se vestia mais formalmente do que os outros estudantes, frequentemente usando calças cáqui, camisas de botão e, às vezes, um protetor de bolsos, afirmou Tim Arnone, que conheceu Lanza na escola Sandy Hook.
Os dois se juntaram ao grupo de audiovisual da escola, também conhecido como tech club, e passaram períodos livres jogando videogame no estúdio de televisão do colégio.
"Era definitivamente o clube mais nerd da escola. Chamávamos de tech club. Tínhamos a nossa própria porção da sala", afirmou Arnone, de 20 anos, à Reuters.
Ele afirmou que Lanza foi "pressionado duramente" pelos seus pais para conseguir sucesso escolar, especialmente por sua mãe. "Ela o pressionava muito para ser mais inteligente e se esforçar mais na escola", disse Arnone.
Nancy Lanza e seu marido, Peter Lanza, divorciaram-se em 2008, de acordo com registros públicos. Peter Lanza não foi imediatamente encontrado para comentar.
Dan Holmes, dono de uma empresa de paisagismo, descreveu Nancy Lanza como uma ávida colecionadora de armas de fogo, que uma vez mostrou a ele um rifle que ela havia comprado.
"Ela disse que frequentemente levava os filhos para atirar", disse.
Holmes afirmou que decorou na semana anterior o quintal de Nancy com grinaldas e luzes natalinas.
Ela era "muito legal, muito agradável e sempre muito reconhecedora de nosso trabalho", disse Holmes.
A polícia não disse qual arma ou quais armas foram usadas no massacre.
Outro ex-colega de Adam, que pediu para não ser identificado, descreveu Lanza como inteligente, mas sem muitos amigos.
Ele afirmou que conheceu Lanza quando ambos se juntaram ao grupo de escoteiros. Na época, ele disse que o atirador era um grande fã da cultura japonesa, colecionava "cards" do Pokémon e jogava Dynasty Warriors, jogo do PlayStation que continha armas e foi lançado no final da década de 1990.
"Ele era uma criança muito quieta", disse o amigo. "Eu me lembro de ser seu único amigo na escola primária. Ele sempre foi um garoto muito legal, muito educado."
(Reportagem adicional de Dan Burns, Rob Cox, Mark Hosenball e David Ingram)


Há muitas hipóteses que serão levantadas por causa do ocorrido.
Eu não gosto de dizer que trata-se de um massacre. 
Pela cegueira que domina a pessoa a agir de tal forma, ela consegue ver somente uma espécie, uma raça, um grupo,  nivelando todos, qualificandos-os como um só: "culpados"! Todos são vistos como culpados por causa de uma minoria, que vale dizer, não era aquele grupo que foi vitimado, mas que representava outro lá atrás.

Quando nos irritamos/frustramos e, aos invés de desintoxicarmos  do experimento constrangedor, o ruminamos, sem jogá-lo para fora, o poder que ele ganha sobre nós é imensamente destrutivo.
Dado a isso, a descarga de noradrenalina (que influencia no humor e no sono)  em excesso no organismo de quem passa constantemente por situações estressantes causa sérios problemas  à saúde.

Se o excesso desse hormônio no  organismo não for liberado, ele se acumula (a grosso modo para explicação) na região da boca do estômago e fica batendo, batendo, batendo , mandando informações para o cérebro que, dominado, passa a corresponder às exigências das batidas.
Quem se encontra dentro deste quadro torna-se inimigo de si mesmo em primeiro lugar e  desenvolve uma imagem cada vez mais forte do(s)s momento(s) de sofrimento. Por isso eu prefiro chamar  esse tipo de tragédia "genocídio", hoje,  com outra conotação. 

Um comentário:

  1. Mães! Mães! Ah! Essas senhoras!!! Também fui muito castrada pela minha. Tinha que ser a melhor em tudo... Levou um tempo ENORME até que me libertasse. Sem orientação alguma, sem psicólogo e/ ou terapia... Sem ao menos o diálogo familiar. Por favor, "senhoras mães"... repensem e muito o que fazem... o que fazemos... Também sou mãe e, agora avó. Tenho minhas convicções. Uma delas é o exemplo, o amor, a presença e o diálogo! Tem dado certo.
    Rita, esse é um tema para grandes debates e estudos! Parabéns por suas colocações.
    Bj. Célia.

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ritalavoyer@hotmail.com