Das perninhas finas
Não uso sai curta
Porque não combina.
Os meus joelhos são grandes
Como maçaneta de porta
Mas se as pernas são tortas
O que me importa?
A minha barriguinha é grande
Mas aqui não tem bebê.
Ela é grande mesmo
De tanto eu comer... comer... comer...
Os meus braços são curtos,
Parecem até que são fraquinhos,
Os abraços que eles dão
São sempre apertados.
Os meus braços estão sempre abertos,
Nunca estarão cruzados.
Dentro da minha boca
Tem mais aparelho do que dentes .
Então eu mostro tudo num sorriso
Porque vivo sempre contente.
O meu olho direito é manco,
O esquerdo ,às vezes, me deixa na mão,
Pra que olhos perfeitos
Se o olhar verdadeiro
Trago no coração!?
Já me chamaram de orelhuda,
Careca e até branquela.
Quanta gente distraída...
Se esqueceram de dizer
Que eu também sou bem magrela.
Minha língua também é presa
Pra falar até gaguejo.
A minha voz é fina
Não nasci para cantora,
Sou cabeça dura pras regras
Ainda assim, sonho ser escritora.
Vez enquando arrumo confusão
Quando vou discutir ideia.
Já disse :sou cabeça dura
Não trago miolo de geleia.
Também sei quando estou errada,
quando o outro também está.
Experiência da idade...
Eu relevo e me relevam
Preservamos a amizade .
Quando saio do prumo
Giro a baiana, dou piti.
Depois que a cena termina
Rodo o filme de novo
Para eu poder me divertir.
O meu “R” é retroflexo,
“Idioma” mais chique do mundo!
Sabe de uma coisa?
Eu não estou nem aí,
Das minhas qualidades
Não tenho nenhum complexo.
Além do mais eu sou assim!
Se ocê querê ou não querê,
Fazê o quê?
Não me mande receita de mudança.
Eu só sei ser Rita Lavoyer.
RITA LAVOYER
Obs: Os aparelhos dentários, após 24 anos de uso, foram retirados no ano passado.
Simplesmente fantástico!!!!Amei e a observação final só me fez rir mais.Estava mesmo precisando rir,depois da tragédia em nosso País.Grande beijo.Gostaria de postar no Recanto,se permitir...
ResponderExcluirOu talvez no blogspot!!
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