segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Crianças com alergias alimentares podem ter problemas com bullying | Minha Vida

Crianças com alergias alimentares podem ter problemas com bullying Minha Vida

Estudo mostra que um em cada quatro jovens foi intimidado pela limitação alimentar
por Minha Vida
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A alergia alimentar pode ser mais complicada do que parece para crianças e adolescentes. Isso porque, um levantamento revelou que uma em cada quatro crianças foi intimidada ou sofreu bullying por terem alergia alimentar. A pesquisa, feita pelo Instituto de Alergia Alimentar Jaffe, em Nova York, avaliou 353 adolescentes e adultos de até 25 anos de idade, bem como os pais e cuidadores de crianças com alergia alimentar.

O estudo revelou que entre as crianças que relatam terem sido assediadas, 86% relataram múltiplos episódios.
- Abuso verbal foi a forma mais comum de assédio moral; 82% destes episódios ocorreram na escola e 80% ocorreram entre os colegas.
- 79% disseram que o assédio moral foi apenas relacionado a uma alergia alimentar, enquanto outros relataram sofrer intimidação por ter de levar medicação para a sua alergia alimentar;
- 21% relataram professores ou funcionários da escola como os principais agressores;
- Nenhuma das crianças no estudo sofreu uma reação alérgica, como resultado de ameaças ou assédios.

Dentre as alergias alimentares observadas, 81% do grupo sofria de alergia ao amendoim e 84% sofria com múltiplas alergias alimentares. A maioria dos casos, 55%, ocorriam com crianças que estavam na faixa etária de 4 e 11 anos, e 61% eram meninos.

Os resultados são publicados na edição de outubro da revista Annals of Allergy, Asthma & Immunology, a revista científica do Colégio Americano de Alergia, Asma e Imunologia. "As alergias alimentares afetam um número estimado de 12 milhões de americanos, incluindo 3 milhões de crianças. Estas crianças enfrentam desafios diários na gestão de suas alergias alimentares ", diz o alergista Sicherer Scott, co-autor do estudo e pesquisador do Instituto de Alergia Alimentar Jaffe."Infelizmente, este estudo mostra que eles também podem ser intimidado sobre sua alergia alimentar, uma condição médica que é potencialmente fatal".

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De acordo com os pesquisadores, os casos recentes envolvendo o assédio moral e alergia alimentar incluem um estudante da escola média que descobriu as migalhas do bolinho de manteiga de amendoim em sua lancheira e uma estudante colegial cuja testa estava untada com manteiga de amendoim no refeitório. "O assédio moral, físico ou verbal é um comportamento abusivo que pode ter um tremendo impacto sobre o bem-estar emocional de uma criança. Os educadores devem desenvolver políticas de relacionamento que evitem qualquer tipo de bullying, principalmente os relacionados à alergia alimentar. O público precisa entender que esse comportamento é inaceitável", conclui o pesquisador Sicherer Scott.

Bullying na infância
O bullying consiste em atos de violência física ou psicológica praticados por um grupo de pessoas contra um indivíduo qualquer que, em certa medida, é incapaz de se defender. Geralmente as vítimas de bullying apresentam alguma característica a difere dos outros do grupo.

Os fatores que instalam e mantém essa violência são muitos e complexos. Desde a perda da autoridade paterna e a dificuldade de diálogo, passando pela alienação da escola, até a violência urbana. Mas, não podemos negar que uma boa parte desse problema se origina dentro de casa.

"O pior e o melhor da natureza humana coexistem dentro de cada um de nós. Os sentimentos mais primários (ódio, inveja) convivem com os mais elevados (solidariedade, lealdade, compaixão). O que determina o caminho que essas potencialidades vão tomar são as possibilidades de transformação dos impulsos primários e a existência de canais adequados para dar vazão a eles", de acordo com a psicóloga Claudia Finamore.

fonte: msn.minhavida.com.br

Crianças que sofrem agressão estão mais propensas a ser violentas | Minha Vida

Crianças que sofrem agressão estão mais propensas a ser violentas Minha Vida

Filho que recebe castigo corporal corre mais risco de ser agressivo com os outros
por Minha Vida
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Mães que são violentas com seus filhos pequenos colaboram para aumentar o risco dessas crianças desenvolverem comportamentos agressivos, como o bullying, de acordo com estudo publicado na edição recente da revista Pediatrics. Os pesquisadores entrevistaram cerca de 2.500 mães sobre a quantidade de vezes que elas haviam espancado seu filho de três anos de idade no mês anterior. Quase metade das mães disseram que não havia batido na criança, durante o mês anterior, 27,9% disseram que bateram nos filhos de três anos de idade, uma ou duas vezes no mês anterior e 26,5% disseram ter castigado seu filho fisicamente mais que duas vezes.

Os pesquisadores também perguntaram às mães sobre o comportamento agressivo da criança, se eram provocadoras, cruéis, ou propensas a entrar em brigas com outras crianças, tanto no momento em que tinham três anos de idade, quanto aos cinco anos. Concluiu-se que as crianças que recebiam castigos corporais apresentavam maior incidência de comportamentos agressivos com a própria família e com os colegas.

Os cientistas recomendam que uma boa tática para afastar a resposta agressiva é recompensar o bom comportamento deles. Isso pode incluir o ensino sobre o que é o mau comportamento e tentar evitá-lo em vez de apenas reagir a ele, uma vez ocorrido. Os pais podem usar sistemas de recompensa, como gráficos de brincadeiras com adesivos e brinquedos pelo bom comportamento.

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Os resultados desta pesquisa também são úteis para entendermos como a violência funciona para as crianças nos vídeo-games violentos ou castigos corporais, ou seja, crianças aprendem atitudes agressivas quando expostas à violência, pois aprenderam a solucionar os conflitos dessa maneira.

fonte: msn.minhavida.com.br

Brincadeiras inocentes podem se tornar Bullying | Minha Vida

Brincadeiras inocentes podem se tornar Bullying Minha Vida


Ajude seus filhos a transformar essas atitudes
por Especialista
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Escrito por:
Claudia Finamore
Psicologia


Especialista Minha Vida
Em nome de uma brincadeira de adolescentes, jovens cometem violências e, muitas vezes, crimes. Além de não serem responsabilizados pelos seus atos, são até mesmo encorajados a fazê-los através do silêncio ou apoio familiar.

Os fatores que instalam e mantém essa violência são muitos e complexos. Desde a perda da autoridade paterna e a dificuldade de diálogo, passando pela alienação da escola, até a violência urbana. Mas, não podemos negar que uma boa parte desse problema se origina dentro de casa.

O pior e o melhor da natureza humana coexistem dentro de cada um de nós. Os sentimentos mais primários (ódio, inveja) convivem com os mais elevados (solidariedade, lealdade, compaixão). O que determina o caminho que essas potencialidades vão tomar são as possibilidades de transformação dos impulsos primários e a existência de canais adequados para dar vazão a eles.

Cabe à família e à escola ajudar a criança a transformar os impulsos em comportamentos aceitáveisCabe à família e à escola ajudar a criança a transformar os impulsos em comportamentos aceitáveis. E cabe a sociedade oferecer canais que direcionem esse fluxo a objetivos elevados.

O problema com a passagem dos parâmetros morais é que nossa crença nos valores se dá em termos abstratos, mas sua transmissão se faz nas miudezas do cotidiano - e muitos de nossos atos desmentem nossas palavras.

Os pais dizem aos seus filhos que devem ser íntegros, mas trapaceiam nos jogos para deixá-los ganhar sob o pretexto de estimular a auto-estima da criança. Com isso, ensinam que só tem boa auto-estima quem ganha. Ensinam também que trapacear é válido.

Muitos pais confundem violência com capacidade de liderança: o filho rebelde "sabe o que quer", "tem personalidade". Outros ainda utilizam a força para punir ou coagir sem se dar conta de que, independentemente da intenção ou intensidade do castigo físico, ao dar um tapa numa criança, um adulto ensina que a violência é uma forma legítima de resolver um problema.

Alguns pais, por não tolerarem a frustração dos filhos, não colocam limites claros e coerentes. Esquecem que a frustração é parte da vida. Crianças que não aprendem a lidar com a frustração tornam-se impacientes e birrentas e tendem a transformar-se em adolescentes insatisfeitos, que não suportam o adiamento das satisfações.

A escola tem um papel importante. Cabe a ela traduzir as normas que regem o convívio humano e a bagagem cultural acumulada ao longo das gerações de modo que a criança possa compreendê-las e utilizá-las. Pelo professor passa mais do que informação, com base em sua postura em sala de aula, os alunos absorvem seu código de ética.

Mas a responsabilidade da escola vai além: tudo o que se passa dentro de seus muros está sob seus cuidados. Apelidos maldosos e brincadeiras embaraçosas são exemplos de situações que acabam por transformar o ambiente escolar num palco de agressões. O professor, mesmo sem perceber, pode funcionar como aliado dos alunos mais agressivos e ser conivente com a humilhação dos mais retraídos.

Sua manifestação mais extremada é o bullying (prática violenta em que um aluno se torna alvo de chacotas e agressões de colegas de modo recorrente), mas esse comportamento era ignorado ou desvalorizado pelos professores e pais até que pesquisas revelaram as graves conseqüências que acarreta para as vítimas, os agressores e as testemunhas.

Os agressores impõem-se por meio da violência, e sua liderança sobre os colegas é garantida pelo medo. Se nada for feito para mudar a trajetória, serão adultos impulsivos, com comportamentos anti-sociais. Se os jovens acreditarem que não têm nada a ver com o que acontece à sua volta, perderemos a chance de ter um mundo melhor.


Casos de adolescentes agressores ou agredidos chegam aos consultórios de psicanálise quando o problema já está instalado e as conseqüências são graves. Dificilmente os pais (ou por indicação da escola) buscam ajuda desde os primeiros sinais de violência. Aqui também são muitos os fatores que dificultam essa busca, como negação do problema, medo do julgamento pelo profissional, onipotência em relação a resolver sozinho questões complexas, ausência de valorização sobre o ocorrido, entre muitas outras. A busca por um atendimento psicológico adequado é importante para que as conseqüências do Bullying sejam minimizadas.

fonte: msn.minhavida.com.br

Crianças acima do peso sofrem mais bullying na escola | Minha Vida

Crianças acima do peso sofrem mais bullying na escola Minha Vida

Chances para os gordinhos são 63% maiores, aponta estudo
por Minha Vida
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Crianças que estão acima do peso, nas faixas etárias entre oito e onze anos, são mais propensas a serem hostilizadas no colégio, independentemente do seu sexo, raça, capacidade de fazer amigos ou habilidades acadêmicas, mostrou um estudo publicado na revista científica Pediatrics. Nos Estados Unidos, em muitos escolas, mais da metade das salas são de crianças acima do peso.

O estudo envolveu 821 garotos e garotas americanos, entre oito e 11 anos. Do total de voluntários, 17% eram obesos e 15% estavam acima do peso. De acordo com os resultados do monitoramento, a chance de uma criança obesa ser intimidada pelos seus colegas de classe é 63% maior do que a chance de um aluno de peso saudável sofrer a mesma intimidação.

Foi descoberto também que habilidades sociais ou acadêmicas não livram as crianças do preconceito. O relatório ainda apontou que a hostilização, também conhecida como bullying, é um dos problemas que mais afligem os pais americanos.

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Um estudo da Universidade de Copenhagen (Dinamarca) sugeriu que quanto mais tarde as papinhas forem introduzidas na dieta dos bebês, menores são os riscos dessas crianças tornarem-se adultos com sobrepeso ou obesos. Além disso, ainda que os dados não sejam conclusivos, alguns estudos mostram que o leite materno leite materno protege a criança contra a obesidade.

fonte: msn.minhavida.com.br

Pais precisam ficar atentos aos sinais de Bullying | Minha Vida

Pais precisam ficar atentos aos sinais de Bullying Minha Vida

Desempenho escolar ruim e falta de vontade de ir à escola podem ser alguns sinais
por Especialista
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Escrito por:
Clínica Psicosyn -Rede de Atendimento Psicológico
Psicologia e Psicoterapias


Especialista Minha Vida
Muito têm se falado do bulliyng ultimamente, principalmente por conta dos acontecimentos dos últimos meses como o caso do massacre de Realengo no Rio de Janeiro, onde em um "vídeo suicida" deixado pelo assassino Wellington Menezes de Oliveira, este revela o bulliyng como sendo uma de suas motivações para o crime. Mas o que realmente esse fenômeno representa? Quais as reais consequências que ele pode ocasionar?

O fenômeno é antigo, mas somente a cerca de 30 anos ele começou a ter atenção especial dos estudiosos, sendo tema de pesquisas principalmente na Europa. No Brasil, os estudos são ainda mais recentes e o tema ainda precisa ser muito bem discutido pela sociedade.

Bulliyng é uma palavra inglesa que se refere a qualquer tipo de atitude agressiva, física ou psicológica, repetitiva e causada sem uma motivação aparente, por uma ou mais pessoas contra outra, ou outras. Pode acontecer em qualquer ambiente onde haja interação entre pessoas como no trabalho, faculdades, nas relações familiares, entre vizinhos e nas escolas, aonde vêm sendo bastante estudado por conta das possíveis consequências negativas que este pode vir a trazer para vida dos estudantes envolvidos.

O bulliyng pode trazer consequências tanto para as vítimas, que podem vir a ter depressão, como para os agressores, que podem ficar cada vez mais agressivos.Bulliyng na escola
O bulliyng, nas escolas, pode ser direto e indireto. Sendo que o direto costuma ser mais praticado por meninos e consiste em ações diretas de violência como a agressão física, psicológica, xingamentos, roubos etc. Já o indireto, é mais praticado por meninas e acontece de formas mais sutis como através da difamação e isolamento da vítima.

As vítimas do bulliyng acabam sofrendo caladas por terem medo de revelar a violência sofrida. Porém, existem sinais comuns apresentados que podem ser observados pelos pais, como resistência em ir à escola, alterações de sono e apetite, baixa no rendimento escolar, dentre outros. Esses sinais devem ser observados com atenção, pois pode ser um indicador da ocorrência do bulliyng.

Confirmando-se a suspeita, é importante que os pais conversem com os filhos, estimulando o assunto em casa e não os incentive a revidar, pois isto poderia provocar ainda mais ansiedade e pressão na vítima. Outro passo fundamental é comunicar o problema à escola e cobrar providencias para que o problema não continue a acontecer.

Consequências
O bulliyng pode trazer graves consequências tanto para as vítimas, que podem vir a ter depressão e sofrerem também com a baixa autoestima na vida adulta, como para os agressores que podem se tornar adultos agressivos e com dificuldades nas relações interpessoais. Os alunos que testemunham o bulliyng também são afetados negativamente, muitas vezes sofrendo com o medo e a ansiedade de serem os próximos alvos dos agressores. No entanto, é importante salientar que pessoas que sofreram com o bulliyng não estão fadadas a cometerem crimes e que, como no caso de Wellington Menezes, o bulliyng pode ter funcionado apenas como um gatilho numa mente que já possuía sérios problemas psiquiátricos.

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No Brasil, ainda não existe uma lei federal de combate ao bulliyng, o que lento e dificulta a tomada de providências. Porém, vale ressaltar que a melhor maneira de se trabalhar a questão do bulliyng nas escolas é por meio da prevenção. Entender e promover a discussão do tema entre pais, alunos e educadores pode significar um grande passo rumo às mudanças positivas.

Thainá Matos - Psicóloga (CRP: 06/95992) - Especialista em Psicologia Hospitalar, Aprimoranda em Luto, Especialista em Saúde Pública e Membro da Rede Psicosyn de Atendimento Psicológico.

fonte: msn.minhavida.com.br

Agressores e vítimas de bullying têm pior rendimento na escola | Minha Vida

Estudo descobriu que a vítima típica de bullying também tende a ser agressiva
por Minha Vida


Estudo descobriu que a vítima típica de bullying também tende a ser agressiva
por Minha Vida


Crianças e adolescentes com problemas de aprendizado na escola têm maior risco de se tornarem agressores, vítimas de bullying ou ambos, de acordo com nova pesquisa publicada pela American Psychological Association.

O estudo realizado pela Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, analisou 153 estudos dos últimos 30 anos. Mais do que qualquer outra tendência, o desempenho escolar prevê quem vai intimidar. O autor da pesquisa, Clayton R. Cook, PhD, da Louisiana State University diz: "Esperamos que esse conhecimento nos ajude a compreender melhor as condições em que o bullying ocorre e as consequências que pode ter para os indivíduos. Finalmente, será possível desenvolver melhores estratégias de intervenção para interromper o ciclo de agressões antes de começarem."

Os pesquisadores descobriram que a vítima típica de bullying tende a ser agressiva, com poucas habilidades sociais, pensamentos negativos, têm dificuldades em resolver problemas sociais, vem de famílias pouco estruturadas e são visivelmente rejeitados e isolados pelos colegas.

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O típico valentão vítima também tem atitudes negativas, com problemas com interação social, não tem boas estratégias sociais para resolver problemas, baixo desempenho na escola e não é apenas rejeitado e isolado por seus pares, mas também é influenciado negativamente pelos colegas com quem ele ou ela interage, de acordo com o estudo .

Os autores descobriram que as crianças agressoras eram mais desafiadoras e agressivas, ao passo que os adolescentes eram deprimidos e ansiosos. E as vítimas adolescentes sofriam de depressão coma maior frequência. "É importante intervir com os pais, colegas e escolas ao mesmo tempo", disse Cook. "A formação comportamental dos pais pode ser usada em casa, enquanto a construção saudável do relacionamento entre colegas e de competências de resolução de problemas poderiam ser oferecidas nas escolas, juntamente com a ajuda de acadêmicos."

Os fatores que instalam e mantém essa violência são muitos e complexos. Desde a perda da autoridade paterna e a dificuldade de diálogo, passando pela alienação da escola, até a violência urbana. Mas, não podemos negar que uma boa parte desse problema se origina dentro de casa. "O pior e o melhor da natureza humana coexistem dentro de cada um de nós. Os sentimentos mais primários (ódio, inveja) convivem com os mais elevados (solidariedade, lealdade, compaixão). O que determina o caminho que essas potencialidades vão tomar são as possibilidades de transformação dos impulsos primários e a existência de canais adequados para dar vazão a eles", de acordo com a psicóloga Claudia Finamore.



FONTE:msn.minhavida.com.br

Agressão física e psicológica caracteriza bullying no relacionamento | Minha Vida

Agressão física e psicológica caracteriza bullying no relacionamento Minha Vida

Muito se tem discutido sobre como a prática do bullying está afetando a sociedade de modo geral. Geralmente, associamos a prática a situações escolares e a grupos de jovens, mas, ao analisar o significado da palavra, podemos compreender como a prática pode ser mais abrangente e afetar outros grupos de pessoas. A palavra bullying deriva do inglês "bully", que significa ameaçar, maltratar, oprimir e assustar. O termo tem sido utilizado em diversos países para classificar atitudes e comportamentos agressivos, ameaçadores, amedrontadores e cruéis em todos os tipos de relações interpessoais. Portanto, como a própria definição da palavra esclarece, o bullying é algo que pode estar presente e afetar de forma negativa qualquer tipo de relação, inclusive o relacionamento do casal.
O bullying é algo que pode estar presente e afetar de forma negativa qualquer tipo de relação, inclusive o relacionamento do casal.
Muitas relações são marcadas por violência física e psicológica. O bullying tende a agredir principalmente o aspecto psicológico da pessoa, através de ameaças constantes, comentários excessivamente negativos, atitudes de rebaixamento e humilhação. As vitimas de bullying no relacionamento, assim como as crianças e jovens vitimas de bullying na escola, apresentam sinais de timidez, baixa autoestima, sensação de incapacidade e impotência, fobia social, dificuldade de relacionamento interpessoal, insegurança e até pensamentos suicidas. Para muitas pessoas, a violência psicológica pode causar mais danos e deixar mais sequelas que a violência física, pois, infelizmente, é mais difícil de ser comprovada, denunciada, punida e superada. As vítimas têm dificuldades para se defender e colocar um fim às ameaças porque, geralmente, são pessoas estruturalmente mais delicadas, que ficam ainda mais fragilizadas diante das ameaças e que se sentem pequenas, inferiores e incapazes diante do agressor, que costuma se mostrar forte, inabalável e indestrutível. Outros fatores que dificultam a procura de ajuda pela vítima são: - Sensação de merecimento: A pessoa acredita que as suas atitudes são erradas e inadequadas e por isso ela merece ser punida e castigada. Nesse caso a pessoa não procura ajuda porque acredita que as reações negativas são naturais diante de seus constantes erros. No geral, a pessoa tem a sensação de fracasso e inadequação social. - Sensação de pouca importância: Nesse caso, a autoestima da pessoa é baixa a ponto dela acreditar que, ao buscar ajuda, fará com que as pessoas procuradas percam tempo com algo sem importância. É a sensação de que as pessoas têm coisas mais importantes com que se preocupar e ocupar, uma vez que ela não é importante para ninguém. - Desconfiança: O excesso de ameaça faz com que a vitima passe a ver todos a sua volta como ameaça e não procura ajudar por não acreditar que existam pessoas que irão se preocupar com ela, não irão feri-la de nenhuma forma e, principalmente, que não utilizarão suas palavras e sentimentos contra ela mesma. - Sentimento de impotência: A pessoa se sente sem forças para tomar alguma medida capaz de acabar com a situação. O sentimento de impotência e desvalorização geralmente está acompanhando da supervalorização do agressor. - Negação: Essa atitude age como um forte e importante mecanismo de defesa para que a pessoa não entre em contato com o seu sofrimento já que, através da negação, os aspectos negativos do parceiro são ignorados e as qualidades são exaltadas. Ex.: Quando a mulher sofre algum tipo de violência em casa, ela define e vê a figura do marido como "um homem exemplar, porque é trabalhador, honesto e não bebe."- Sensação de Ridicularização: Acomete as pessoas que têm todas as suas atitudes ridicularizadas e são alvo constante de piada e deboche por parte do parceiro. Como essas pessoas passam a acreditar que não são dignas de serem levadas a sério, não procuram ajuda por achar que, ao contar as suas aflições e medos, serão alvo de piada.
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Vergonha de seus sentimentos: Quando a pessoa está muito fragilizada tende a sentir vergonha de seus sentimentos e, por isso, sente dificuldade para compartilhar com outras pessoas suas angustias.
Associação de violência e afeto: Um fator importante que dificulta a constatação da violência psicológica é o fato da vitima ter crescido em um ambiente familiar agressivo, ter se casado com uma pessoa também agressiva e associar ameaça e violência a afeto, não percebendo que está sendo vítima de atitudes violentas.
Nesse caso, a pessoa percebe como algo positivo as ações do companheiro (ou companheira) porque as associa a provas de amor. Tomo como exemplo as mulheres que permitem que o marido ciumento a acompanhe a todos os lugares e as impeça de ter contato com outras pessoas além dele, por interpretarem que essas atitudes são uma forma de proteção e afeto.
Para auxiliar as pessoas que são vitimas de bullying no relacionamento é preciso trabalhar a dissociação de atitudes negativas e destrutivas de afeto, resgate da autoestima, devolver o sentimento de autonomia sobre a própria vida e fortalecimento da personalidade entre outros aspectos, para que a pessoa sinta segurança e confiança em si própria e tenha condições de dar fim às agressões.
Um trabalho com o agressor também é importante para que ele perceba os motivos que o levam a se relacionar e agir dessa forma e desenvolva diferentes formas de lidar com as pessoas a sua volta, colocar a sua opinião e ser respeitado.
É importante esclarecer que tanto mulheres quanto homens podem ser vítimas de bullying no relacionamento e que ambos precisam ser auxiliados e acolhidos da mesma forma.

fonte: msn.minhavida.com.br

Bullying é mais comum em escolas privadas | Minha Vida

Bullying é mais comum em escolas privadas Minha Vida

Estudo comprova que escolas públicas têm um índice menor dessa prática
por Minha Vida

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Um estudo apresentado nesta segunda-feira pelo Unicef (Fundo das Nações Unidas pela Infância) em parceria com a FLACSO (Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais, na Argentina, mostra que a prática do bullying é mais recorrente em escolas frequentadas por alunos de classe alta. A pesquisa contou com 1.690 entrevistas a alunos do ensino médio, de 93 escolas públicas e privadas. Os dados recolhidos apontam que 66% dos estudantes entrevistados presenciaram situações de humilhação, enquanto 71% presenciaram brigas entre colegas. Nas escolas privadas, 13,2% dos alunos disseram que já foram alvos da crueldade e 15,1% sofreram com brincadeiras por conta de alguma característica física. Nas escolas públicas, esses números são de 4,3% e 12,9%, respectivamente. Fora isso, 23% dos entrevistados no total disseram já ter sido humilhados ou insultados pelos professores, diante de outros alunos. Outro aspecto do estudo mostra que a presença de armas de fogo dentro das escolas aumentou. Um total de 8,1% de estudantes de colégios públicos e de 2,5% de colégios privados afirmou que viram outros alunos com armas dentro da escola. O estudo também revelou que 60% dos adolescentes vêem a necessidade de adultos dentro da escola para que sejam impostos limites. Os mesmo alunos disseram que quando os docentes interveem, os episódios de violência reduzem consideravelmente. Os pesquisadores concluíram que "falta liderança" por parte dos dirigentes das instituições e consideraram que a melhor forma de prevenir a violência é "construir uma sociedade mais justa e igualitária". Pais precisam ficar atentos aos sinais de bullying O fenômeno do bullying é antigo, mas somente a cerca de 30 anos ele começou a ter atenção especial dos estudiosos, sendo tema de pesquisas, principalmente, na Europa. No Brasil, os estudos são muito recentes e o tema ainda precisa ser muito bem discutido pela sociedade.Bulliyng é uma palavra inglesa que se refere a qualquer tipo de atitude agressiva, física ou psicológica, repetitiva e causada sem uma motivação aparente, por uma ou mais pessoas contra outra, ou outras. Pode acontecer em qualquer ambiente onde haja interação entre pessoas como no trabalho, faculdades, nas relações familiares, entre vizinhos e nas escolas, aonde vêm sendo bastante estudado por conta das possíveis consequências negativas que este pode vir a trazer para a vida dos estudantes envolvidos. O bulliyng, nas escolas, pode ser direto e indireto. O direto costuma ser mais praticado por meninos e consiste em ações diretas de violência como a agressão física, psicológica, xingamentos, roubos etc. Já o indireto é mais praticado por meninas e acontece de formas mais sutis como difamação e isolamento da vítima. As vítimas do bulliyng acabam sofrendo caladas por terem medo de revelar a violência sofrida. No entanto, existem sinais comuns apresentados que podem ser observados pelos pais, como resistência em ir à escola, alterações de sono e apetite, baixa no rendimento escolar, dentre outros. Esses sinais devem ser observados com atenção, pois pode ser um indicador da ocorrência do bulliyng. Confirmando-se a suspeita, é importante que os pais conversem com os filhos, estimulando o assunto em casa e não os incentive a revidar, pois isto poderia provocar ainda mais ansiedade e pressão na vítima. Outro passo fundamental é comunicar o problema à escola e cobrar providências para que o problema não continue a acontecer.
O bulliyng pode trazer graves consequências tanto para as vítimas, que podem vir a ter depressão e sofrerem também com a baixa autoestima na vida adulta, como para os agressores que podem se tornar adultos agressivos e com dificuldades nas relações interpessoais. Os alunos que testemunham o bulliyng também são afetados negativamente, muitas vezes sofrendo com o medo e a ansiedade de serem os próximos alvos dos agressores. No Brasil, ainda não existe uma lei federal de combate ao bulliyng, o que dificulta a tomada de providências. Porém, vale ressaltar que a melhor maneira de se trabalhar a questão do bulliyng nas escolas é por meio da prevenção. Entender e promover a discussão do tema entre pais, alunos e educadores pode significar um grande passo rumo às mudanças positivas.

Saiba identificar e combater o bullying nas escolas | Minha Vida

Saiba identificar e combater o bullying nas escolas Minha Vida

Ele não deve se visto como brincadeira e pode trazer consequências mais sérias
por Roberta Vilela

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"Na sala de aula, jogavam bolinha de papel na minha cabeça, não me deixavam participar de nenhum grupo, me imitavam, pois eu gaguejava quando criança. Era sempre um grupo de meninos que fazia isso. A cena que me magoa até hoje lembrar foi quando dois meninos acharam um pedaço de fio de cobre atrás da escola e me bateram com ele", o depoimento é de Lídia Eliane Canuto de Souza, 30 anos, residente de Ribeirão Pires, interior de São Paulo. O que aconteceu no passado com ela e que permanece no cotidiano de diversas crianças e adolescentes em escolas do mundo todo é a prática denominada "Bullying". O termo de origem inglesa é, por definição, qualquer tipo de comportamento agressivo praticado intencionalmente por uma pessoa ou grupo de forma repetida contra alguém, sem motivação específica ou justificável, causando danos psicológicos, dor emocional e física (se a agressão envolver contato físico).
bullying
Segundo a ONG "Learn Without Fear" (Aprender Sem Medo), 350 milhões de crianças e jovens são vítimas de bullying anualmente em todo o mundo. O pediatra e um dos autores do livro "Diga não para o Bullying", Aramis Lopes Neto, aponta que atitudes violentas dentro da escola geram muita preocupação, pois interferem na formação do indivíduo e deixam sequelas, principalmente para as vítimas. No caso de Lídia, ela diz que o bullying contribuiu para diminuir sua autoestima e fazer com que tenha dificuldade em confiar nas pessoas e de se relacionar. O bullying não pode ser encarado como uma brincadeira ou provocação natural entre crianças e adolescentes e merece atenção para ser prevenido e combatido. Conheça agora esse fenômeno social, suas causas, consequências e quais são as medidas necessárias para diminuir a incidência desse tipo de comportamento.
As vítimas apresentam sinais de depressão, ansiedade e baixo rendimento escolar
Tipos de bullying Há várias formas de manifestar o bullying. A prática pode ocorrer da forma direta, quando a agressão é feita contra o seu alvo por meio de apelidos, exclusão do grupo, agressão moral ou física. O bullying pode ser também indireto, envolvendo furtos, fofocas e até mesmo, o cyberbullying, aquele que usa a internet, celular e outros meios do mundo digital para divulgar as ofensas - sites caluniando as vítimas, vídeos disseminados com situações embaraçosas e fofocas circulam pela rede numa velocidade impressionante. Segundo uma pesquisa recente feita pela Universidade de Valência, na Espanha, entre 25 % e 29 % dos adolescentes sofrem bullying via telefone celular ou internet. Além disso, as provocações podem começar presencialmente e evoluir para o ambiente virtual, como conta a professora do Ensino Fundamental da Rede Municipal do Rio de Janeiro, Cristiane Mesquita. "Uma aluna nossa recebia ameaças e xingamentos, que eram divulgados na porta do banheiro da escola. Depois, isso se repetiu numa rede social na internet. A mãe, completamente assustada, foi à escola e nós a orientamos a procurar a justiça. A direção convocou o responsável pela agressora, que pediu desculpas à garota. Só então a mãe desistiu de denunciar", relembra.
bullying
Em geral, o modo de manifestar o bullying varia entre os meninos e as meninas. Entre eles, ocorrem mais agressões físicas e exclusões do grupo, na hora de jogar bola ou no recreio, por exemplo. Enquanto entre elas, a prática envolve fofocas, difamações e dominação, sem no entanto, excluí-las do grupo. Consequências duradouras Os estragos das agressões ilimitadas são visíveis tanto na vida pessoal dos agredidos como na escolar. De acordo com um estudo da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, publicado pela American Psychological Association, a vítima típica de bullying sofre de depressão e ansiedade com maior frequência. Dentre as vítimas é comum a ocorrência de baixa autoestima, pensamentos suicidas e dificuldade de se relacionar amorosamente e profissionalmente. Já os agressores, levam a agressividade para a idade adulta em casa e/ou no trabalho, não conseguem estabelecer relações longas e nem regularidade no trabalho.
O lema "passou de ano está bom" só serve para pais omissos. Os pais devem estar atentos se o seu filho tem amigos, se conhece pessoas que sofrem alguma agressão ou se ele mesmo é intimidado na escola
Carlos Eduardo de Camargos, 30 anos, morador de Ceilândia no Distrito Federal, amarga até hoje as consequências de ter sido uma vítima de bullying. Por causa disso, ele adquiriu fobia social, depressão, temperamento explosivo e distimia. "Ainda tenho dificuldades em confiar nas pessoas, falta de coragem de encará-las e medo de enfrentar os erros", diz Carlos. Reconheça um agressor Os agressores costumam ser figuras populares na escola, são agressivos com os colegas, professores, pais e, normalmente, trazem consigo um grupo de seguidores. "Eles precisam dessas pessoas que os apóiam e se submetem a eles e, dessa forma, a responsabilidade pela agressão é dividida", ressalta Aramis Neto. Ao contrário dos agressores, as vítimas, geralmente, têm (ou desenvolvem) baixa autoestima, se isolam do grupo e têm poucos amigos. As vítimas também apresentam algumas características físicas que as tornam alvos, como por exemplo: magreza, excesso de peso, timidez, ou outra característica acentuada. "Além disso, as vítimas apresentam sinais de depressão, ansiedade e baixo rendimento escolar", explica o pediatra.
bullying
O especialista acrescenta que, em casa, eles se isolam no quarto, demonstram irritabilidade com os pais, pois não se sentem apoiados, choram com frequência e, geralmente, inventam desculpas para faltar aulas e não ficar no ambiente em que estão sofrendo. Vítima ou agressora? Algumas características sinalizam se alguém pode ser um provável alvo de bullying. É importante observar as crianças muito infantilizadas ou muito protegidas, que não conseguem se impor ou serem ouvidas dentro do grupo, ou aquelas que ouvem frequentemente frases desestimulantes no ambiente familiar como "você só me traz problemas", adverte o Aramis.Já os agressores vieram de uma família que usa a violência como forma de autoridade, com pais ou mães que não expressam amor ou afeto pelos filhos ou que cresceram em lares em que todos os comportamentos eram aceitos. "Eles não sabem ouvir, principalmente, a palavra não", avisa o especialista.
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Como tratar as sequelas Tanto as vítimas como os agressores de bullying precisam de ajuda psicológica. De acordo com a psicóloga Rita Romaro, o primeiro passo é conseguir identificar o que está acontecendo e qual foi a gravidade da ofensa ou agressão. Para as pessoas que sofrem o bullying, a psicóloga recomenda até a mudança de escola, quando o caso é muito grave, além da terapia. "Mesmo que o bullying pare, a criança continua sendo discriminada na escola. Para ela não adquirir aversão ao ambiente escolar, o melhor mesmo é a mudança", ressalta Rita. Para crianças menores, a terapia pode ser na forma de "ludoterapia", que envolve brinquedos e conversa. Esse trabalho é eficaz, melhora a autoestima da vítima e a criança aprende a lidar melhor com suas emoções.
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Já no caso dos agressores, o mais importante é identificar o que está por trás da agressão: se ele sente prazer na dor do outro ou se ele apenas repete o que ele vivencia ou vê em sua própria casa. É possível que os praticantes de bullying tenham um possível transtorno de conduta e que, mesmo com a terapia, não tenham resultados tão bons quanto os das vítimas. "A importância desse método, nesse caso, é que a família pode ser ajudada e pode aprender como lidar com essa criança", explica a especialista. Ela recomenda terapia familiar em alguns casos. A criança que apresenta algum transtorno de conduta costuma fazer o outro sofrer e sente prazer nisso, mentir e inventar histórias, não respeita autoridades, gosta de colocar fogo em objetos, se meter em brigas e machucar animais, entre outras ações. A psicóloga Rita Romaro explica que o mais importante é saber qual é a extensão do bullying que a criança pratica e identificar se ela realmente tem o transtorno para poder alertar a família sobre como lidar e não se deixar manipular pela criança.
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Qual a função da escola e da família no combate ao bullying? A escola deve adequar o ambiente escolar para reduzir o bullying e valorizar a diversidade. Medidas para esclarecer o que é o bullying também devem ser realizadas. E é fundamental que a escola aja como um facilitador entre pais e alunos para encaminhar, orienta e resolver a questão. Um dos fatores que agrava ainda mais o problema é a omissão de professores e dos profissionais do ambiente estudantil. A professora do Rio de Janeiro, Cristiane Mesquita, conta o que faz para diminuir as agressões em sala de aula: "É essencial que o professor tenha consciência de que o bullying maltrata e baixa a autoestima da criança. Sempre que presencio em minha turma, eu converso seriamente com todos e leio uma lei que criminaliza quem pratica o bullying".
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A lei N.º 5.089, do estado do Rio de Janeiro, obriga os professores e funcionários de escolas públicas e particulares do Rio de Janeiro a denunciarem casos de violência contra crianças e adolescentes, inclusive o bullying, a delegacias e conselhos tutelares. As instituições que não cumprirem a norma podem pagar multas de 3 a 20 salários mínimos. Para o pediatra Aramis, algumas das principais medidas a serem tomadas nas escolas incluem: 1- Admitir que o bullying existe em todas as escolas. 2- Praticar ações que podem reduzir a incidência das agressões com mobilização de toda a comunidade escolar: professores, coordenadores, pais e alunos. 3- Promover o trabalho de compromisso para a redução do bullying saindo da premissa: "Essa escola não vai mais tolerar o bullying". 4- Cada turma ou série construindo sua forma de conviver contra o bullying, admitindo o que é aceitável e o que não é. 5- Trabalhar a amizade, solidariedade, não-violência e amor com atividades em grupo.
O papel da família Já a família deve valorizar o diálogo. Não se avalia pelo boletim se a criança sofre bullying. O lema "passou de ano está bom" só serve para pais omissos. Os pais devem estar atentos se o seu filho tem amigos, se conhece pessoas que sofrem alguma agressão ou se ele mesmo é intimidado na escola. A função da família é permitir que o filho exponha seu sofrimento. Por que a criança tem medo de falar com os pais? Principalmente porque tem medo de se expor e acha que os pais não vão valorizar os seus sentimentos. "No caso dos agressores, a família deve saber corrigi-los para que eles não continuem com as agressões na escola, mas não pelo medo de serem castigados, e sim, pelo tradicional método do diálogo aberto e da educação familiar, que é indispensável a qualquer indivíduo que vive coletivamente e de forma respeitosa", ressalta a psicóloga Rita Romaro. O bullying deve ser levado a sério por toda a comunidade escolar e familiar. Aos pais, cabe decidir qual a melhor escola para os seus filhos - muitas vezes, a escola que oferece a melhor educação formal não possui o ambiente mais saudável.

Ciberbullying é praticado principalmente nas mídias sociais | Minha Vida

Ciberbullying é praticado principalmente nas mídias sociais Minha Vida
Segundo uma pesquisa feita pela Ipsos, o Facebook e outras mídias sociais são o meio usado para a prática do ciberbullying. A pesquisa foi feita online e incluiu mais de 18 mil adultos em 24 países, sendo 6.500 pais de um ou mais adolescentes.
Depois de levantados os dados, a pesquisa mostrou que mais de 10% dos pais afirmaram que seus filhos sofreram bullying na internet. De acordo com os pesquisadores, esse número pode ser muito maior, já que os pais nem sempre tem consciência de que seu filho é vítima de bullying.
Além disso, os estudiosos descobriram que o veículo mais utilizado para o ciberbullying são sites de redes sociais como o Facebook, citado por 60% do total de pessoas. Aparelhos móveis e salas de bate-papo ficaram em segundo e terceiro lugares da pesquisa, sendo que cada um deles foi citado por 40% das pessoas.
Para os especialistas, os dados mostram claramente que o ciberbullying é muito frequente e as pessoas já estão exigindo medidas para que essa prática diminua. Eles completaram dizendo que tudo depende dos pais e dos educadores agirem de acordo com essa demanda.
Saiba identificar e combater o bullying
O termo bullying é de origem inglesa, e significa qualquer tipo de comportamento agressivo praticado intencionalmente por uma pessoa ou grupo de forma repetida contra alguém, sem motivação específica ou justificável, causando danos psicológicos, dor emocional e física (se a agressão envolver contato físico).
O bullying não pode ser encarado como uma brincadeira ou provocação natural entre crianças e adolescentes e merece atenção para ser prevenido e combatido. Conheça agora esse fenômeno social, suas causas, consequências e quais são as medidas necessárias para diminuir a incidência desse tipo de comportamento.
Tipos de bullying
Há várias formas de manifestar o bullying. A prática pode ocorrer da forma direta, quando a agressão é feita contra o seu alvo por meio de apelidos, exclusão do grupo, agressão moral ou física. O bullying pode ser também indireto, envolvendo furtos, fofocas e até mesmo, o ciberbullying, aquele que usa a internet, celular e outros meios do mundo digital para divulgar as ofensas - sites caluniando as vítimas, vídeos disseminados com situações embaraçosas e fofocas circulam pela rede numa velocidade impressionante. Segundo uma pesquisa recente feita pela Universidade de Valência, na Espanha, entre 25 % e 29 % dos adolescentes sofrem bullying via telefone celular ou internet.
Em geral, o modo de manifestar o bullying varia entre os meninos e as meninas. Entre eles, ocorrem mais agressões físicas e exclusões do grupo, na hora de jogar bola ou no recreio, por exemplo. Enquanto entre elas, a prática envolve fofocas, difamações e dominação, sem no entanto, excluí-las do grupo.
Consequências duradouras
Os estragos das agressões ilimitadas são visíveis tanto na vida pessoal dos agredidos como na escolar. De acordo com um estudo da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, publicado pela American Psychological Association, a vítima típica de bullying sofre de depressão e ansiedade com maior frequência.
Dentre as vítimas é comum a ocorrência de baixa autoestima, pensamentos suicidas e dificuldade de se relacionar amorosamente e profissionalmente. Já os agressores, levam a agressividade para a idade adulta em casa e/ou no trabalho, não conseguem estabelecer relações longas e nem regularidade no trabalho.
Vítima ou agressora?
Algumas características sinalizam se alguém pode ser um provável alvo de bullying. É importante observar as crianças muito infantilizadas ou muito protegidas, que não conseguem se impor ou serem ouvidas dentro do grupo, ou aquelas que ouvem frequentemente frases desestimulantes no ambiente familiar como "você só me traz problemas", adverte o Aramis.
O especialista acrescenta que, em casa, eles se isolam no quarto, demonstram irritabilidade com os pais, pois não se sentem apoiados, choram com frequência e, geralmente, inventam desculpas para faltar aulas e não ficar no ambiente em que estão sofrendo.
Já os agressores costumam ser figuras populares na escola, são agressivos com os colegas, professores, pais e, normalmente, trazem consigo um grupo de seguidores. "Eles precisam dessas pessoas que os apoiam e se submetem a eles e, dessa forma, a responsabilidade pela agressão é dividida", ressalta Aramis Neto.
Como tratar as sequelas
Tanto as vítimas como os agressores de bullying precisam de ajuda psicológica. De acordo com a psicóloga Rita Romaro, o primeiro passo é conseguir identificar o que está acontecendo e qual foi a gravidade da ofensa ou agressão.
Para as pessoas que sofrem o bullying, a psicóloga recomenda até a mudança de escola, quando o caso é muito grave, além da terapia. "Mesmo que o bullying pare, a criança continua sendo discriminada na escola. Para ela não adquirir aversão ao ambiente escolar, o melhor mesmo é a mudança", ressalta Rita.
Já no caso dos agressores, o mais importante é identificar o que está por trás da agressão: se ele sente prazer na dor do outro ou se ele apenas repete o que ele vivencia ou vê em sua própria casa. É possível que os praticantes de bullying tenham um possível transtorno de conduta e que, mesmo com a terapia, não tenham resultados tão bons quanto os das vítimas. "A importância desse método, nesse caso, é que a família pode ser ajudada e pode aprender como lidar com essa criança", explica a especialista. Ela recomenda terapia familiar em alguns casos.

Ciberbullying é praticado principalmente nas mídias sociais

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