quarta-feira, 27 de abril de 2011

CARA DE REQUEIJÃO, JEITO DE LAMBARI




É através dessas ironias que percebemos como o termo bullying não está sendo entendido pela população, principalmente por quem deveria , por obrigação, saber o que é. “Requião afirma ter sido vítima de bullying” FR A5.

Um assunto tão sério como bullying não deve ser utilizado para justificar reações de quem só vê ‘o’ lado da moeda e a ação que ela pode promover.

Praticando a sua ‘bondade’, Chucky roubou o gravador do repórter Victor Boyadjian, da Rádio Bandeirantes, um trabalhador no exercício de sua função, porque ele tem ‘afeição’ e coleciona objetos comprados por trabalhadores honestos. Mas o devolveu em seguida porque já deve ter muitos desses na sua caixa secreta.

Tentando justificar o injustificável , o ‘lambari” peemedebista em questão disse que o radialista tentou lhe aplicar uma "armadilha" com "perguntas encomendadas". O repórter questionou se ele abriria mão de sua aposentadoria como ex-governador do Paraná. Misericórdia! Diz, ‘a gracinha’, que decidiu solicitar a pensão por viver um momento de dificuldade financeira na família, depois de receber cobranças de dívidas judiciais.

Por ser “Jogador” recebe apenas R$ 26,7 mil, mas precisa também dos R$ 24 mil da ‘apostadoria’. Agindo assim, o Senador Roberto Requião diz publicamente não saber absolutamente nada sobre bullying, mas a “belezinha” é sensível à perguntas do tipo “óbvias”, e perguntas sobre dinheiro público feita a um político pode deixar o ‘boneco’ com sérios traumas psicológicos, não é não “requeijão” ?

Por causa disso, o “Chucky” se sentiu no direito de praticar a sua defesa pessoal, honrando todas as vítimas que sofrem caladas e não têm a quem recorrer, porque ainda não há lei que dê direito de resposta... Mas ele vai “1nv3ntaR$” uma.

Existem vários tipos de violências que levam uma pessoa inocente a se tornar um agressor. Uma delas é a Violência Política, que não vou especificá-la porque a leitura tomaria muito tempo e leitor também tem que trabalhar.

Quantos pais de famílias já foram presos diante dos filhos, porque não tinham uma moeda que lhes comprassem um pão, então roubaram? Será que isso foi humilhante e deixou sequelas nesses filhos?

Quantos profissionais competentes deixaram de ocupar uma vaga de emprego porque não tinham uma moeda que lhes pagassem uma boa roupa que os deixassem bem apresentáveis, como pede os requisitos? Será que isso os deixou traumatizados?

Quantos policiais passaram para o lado do crime porque do salário não sobrou uma moeda que pagasse o remédio do filho que mora no morro. Será que isso os deixou arrependidos?

Quantas mães vendem seus filhos nos semáforos porque não têm uma moeda para um copo de leite que esquente a barriga da criança? Será que isso deixa marcas na vida?

Quantas crianças matam e morrem porque o pai da família está preso por não conseguir o emprego, a mãe caiu no mundo ou foi morta por traficante porque não teve uma moeda que lhe pagasse o vício? Será que esse círculo vicioso deixa alguma linha na história?

Quantos professores seriam pagos, quantos trabalhadores honestos, hoje aposentados, seriam pagos, quantos remédios para um Pronto Socorro, Hospitais seriam pagos, quanto de alimentos para os asilos, para as creches seriam pagos, quantas crianças abandonadas seriam assistidas, quantas rodovias, escolas... quantas e quantas perguntas poderemos fazer para tanto dinheiro que o ‘criança’ em questão quer ganhar, porque não tem competência para saldar as dívidas familiares???????

Há mesmo muita ironia nesta história. O ‘lambuzão’ suja a nossa cara com o que ele produz, e quer limpar o traseiro da sua prole com o dinheiro público.

O assunto é o bullying, mas até agora eu não consegui colocá-lo no texto. O que é bullying mesmo, hein?

Com um montante de R$ 50,7 mil mensal dá pra limpar muitas sujeiras de dentro de uma casa, inclusive a vidraça. Depois que o ‘fofinho”conseguir fazer isso, se é que ele pretende, solicito que ele vá aprender o que significa diferenças, principalmente a salarial, para poder entender bullying e o que o promove, antes de usá-lo com ironia. A própria imprensa poderá ajudá-lo.

Para isso, ele não precisará usar o dinheiro do povo, porque essas aulas nós ministramos de graça e com prazer.

Espero que o Estado encontre urgentemente uma clínica onde esse ‘sujeito’ consiga pegar uma onda que lave de vez a sua alma transparente. Senão, o lambari vai sempre ‘perseguir’ a nossa fatia do requeijão.


Rita Lavoyer é professora, escritora e membro da Cia dos blogueiros.

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