sábado, 19 de fevereiro de 2011

EDUCAÇÃO LANÇA PROJETO DE COMBATE AO BULLYING

Folha da Região- caderno A 4 26/05/2010





Objetivo é capacitar educadores para identificar e prevenir a violência física ou psicológica.

REDE MUNICIPAL
>>Araçatuba
Araçatuba
Monique Bueno
monique.bueno@folhadaregiao.com.br

A Secretaria Municipal de Educação, junto com a Prefeitura, lançou ontem, no Dia Municipal de Combate ao Bullying, um programa que tem por objetivo capacitar educadores na prevenção e identificação de casos de bullying, prática que consiste em atos de violência física ou psicológica, que humilham, constrangem ou descriminam uma pessoa.

Após as ações de bullying se tornarem conhecidas pelos gestores e professores das escolas municipais, a próxima etapa do programa será um levantamento da demanda de casos e, em seguida, o desenvolvimento de projetos de intervenção.

Participaram do evento, realizado na Unip (Universidade Paulista), dezenas de professores, diretores, coordenadores pedagógicos de escolas municipais e particulares, além de alunos de cursos de graduação, autoridades e pais de alunos.


Segundo as psicólogas Milena Moimaz e Luciana Esgalha, da equipe multidisciplinar da secretaria, os casos que chegam até o grupo são queixas de agressividade, e não, especificamente, de bullying.


"Existe uma ramificação de comportamentos agressivos, e o bullying é uma, por isso, deve ser bem definido pelos gestores e professores", explicou Milena.


A terapeuta ocupacional Elisabete Gomes de Carvalho, que também faz parte do grupo multidisciplinar, explicou que os casos de bullying ultrapassam as barreiras das escolas, podendo
ser vistos também por meio da internet. "As pessoas são agredidas, psicologicamente, por e-mails e mensagens virtuais", afirmou. "O trabalho de prevenção deve ser feito também na comunidade".

TRATAMENTO
Elisabete explica que, a partir do momento em que as escolas desenvolverem seus projetos de tratamento das vítimas e agressores do bullying, e também as ações de prevenção, haverá o acompanhamento da equipe multidisciplinar. "Já fazemos essas visitas nas escolas, conforme vão aparecendo os casos de agressividade". Segundo a psicóloga Milena, o tratamento não deve ser feito apenas com a vítima do bullying, mas também com o agressor. "Vamos cuidar das duas partes, porque o agressor, se está cometendo esse ato, também já sofreu o bullying", disse.

O tema do agressor foi tratado durante palestra sobre o assunto apresentada pelo supervisor de ensino da Diretoria de Ensino de Birigui, José Carlos Munari. Segundo o profissional, todas as tragédias ocorridas dentro das escolas, principalmente no Exterior, são cometidas por vítimas do bullying no passado.

A professora e escritora Rita Lavoyer e a pedagoga Vivi Tupy também proferiram palestras sobre a importância e formas de se combater atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidas, praticados por indivíduo ou grupo.

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